Artigo

A História Contada num Capítulo - Parte VIII

O banco onde se sentara o rapaz pregou-lhe uma partida. Os bancos não falam, mas às vezes é como se falassem e nos quisessem dizer alguma coisa. Não é neles onde as pessoas se sentam e confessam os seus dias?

O rapaz, que estava mais preocupado em pensar no amor da sua vida ao longo do seu percurso, lembrou-se quando chegou ao carro que precisaria das chaves para abrir a porta. Mas as chaves não estavam junto dele, não as encontrou. Procurou-as na sua pasta amarela. Aquela pasta não me é estranha, parece que ainda a hoje vi. Depois disso, procurou em todos os bolsos das calças, mas não encontrou.

A primeira coisa em que se lembrou foi ir à mesa especial onde tinha estado, e verficiar se tinha deixado lá as chaves. Lembrou-se porque talvez o seu inconsciente queria ver outra vez aquela rapariga, dando-lhe essa dica.

De modo que subiu as escadas novamente, e tentou não se perder nos corredores, mas afinal tinha decorado cada pedaço daquele corredor.

Voltou a encontrar a rapariga. Estava pensativa, sentada nos bancos junto aos gabinetes naquele corredor estreito. Ele quase a assustou, não estava a contar com ele. Não sei em quê estava a pensar, mas quase aposto que era no rapaz, e no quanto ele era diferente.

Então o rapaz atrapalhado, perguntou-lhe se ela tinha visto as chaves, disse-lhe que tinha ido procurar por todo o lado, mas não as encontrou. Ele mentiu-lhe nesse aspeto, quem mente por amor acho que merece perdão. Ele só se lembrou de ir àquele sítio por algum motivo, eu sei qual foi, ele amava-a a sério.

No entanto ela ficou no sítio onde estava enquanto o rapaz foi à mesa verificar se tinha deixado lá as chaves. Ela olhou para ele com aquele olhar que apaixonou ainda mais o rapaz.

Ele não encontrou e disse-lhe que não estavam ali. Ela ficou preocupada em saber que o rapaz não poderia regressar a casa sem as chaves e fizeram a sua primeira promessa. 

16 JAN, 2017 0

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